quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Informática Educativa

A Informática Educativa

O uso da Informática na Escola

Nelson Pretto

Morar fora do Brasil e todos os dias poder ler A Tarde para saber o que acontece em Salvador. Movimentar a conta bancária sem maiores problemas, a menos o de verificar diariamente a desvalorização do nosso real frente a libra da rainha. São algumas das vantagens da Internet que fazem parte daquilo que chamo do "outro lado" do uso da rede.

Tanto na Inglaterra quanto no Brasil, os jornais mostram a tal letra é (e) no começo de quase tudo. O comércio, virou e-comércio. Os negócios viraram e-business. Os banco estão na Internet assim como as indústrias e, também, as escolas. Recentemente foi defendida na Universidade de Gotemburgo, Suécia, uma dissertação de mestrado intitulada e-ducation onde Urban Nuldén analisa o uso da Internet no ensino superior.

O que se quer saber no momento é exatamente o que as escolas estão fazendo na Internet. Como estas tecnologias estão sendo incorporadas ao processo educacional e o que elas estão trazendo de transformação, de inovação ou de simples melhoria para a educação de nossos filhos? Estas questões são complicadas e, quando vemos um país como o Brasil seguindo os modelos internacionais e investindo muito dinheiro na informatização do sistema público de ensino, ficamos a nos perguntar que benefícios teremos. Quem tem filhos em escola particular já se pergunta sobre isso porque muitas vezes paga extra pela terceirização das aulas de informática. Mas, para que estas aulas? Aulas de que? Aulas para ensinar a usar processador de textos ou planilhas eletrônicas? As mais avançadas falam em preparar para o futuro. Que futuro?! Será isso um simples modismo que logo passará? Penso que não e justo aí está o problema.

Precisamos estar atentos a estas políticas porque estas tecnologias podem efetivamente contribuir para uma transformação radical no nosso sistema educacional mas somente se forem utilizadas em outras bases. Se gastamos muito dinheiro com estes equipamentos e repetimos os velhos métodos, o que teremos será apenas uma escola mais cara. Na Inglaterra também existem movimentos nessa direção. E, também aqui, os problemas são parecidos. A rede de supermercados Tesco está investindo cerca de 12 milhões de libras num projeto que vai do trabalho com as escolas (EscolaNet) ao famoso Millennium Dome, uma grande cúpula para shows e exposições (temporárias e permanentes). Parte do projeto tem como objetivo construir o que eles estão chamando de arquivos do milênio. Para tal, eles se articularam com especialistas na área de currículo e montaram um projeto de apoio pedagógico às escolas interessadas. Basicamente os professores aprendem a usar computadores - é isso mesmo, tem muita gente aqui também que não sabe usar computador! - e levam para as escolas a tarefa de envolver a turma na construção dos chamados arquivos do milênio. Nada diferente do nosso conhecido sistema de investigação onde a meninada vai a campo, no bairro, nas redondezas, para fazer entrevistas com guardas, motoristas, donos de padarias, enfim, com o povo do seu próprio bairro. Os questionários para estas entrevistas são fornecidos padronizados e, com os resultados coletados pelas crianças - os chamados pesquisadores! -, as páginas são postas no ar. Todas igualzinhas e padronizadas.

Esta é uma das minhas grandes preocupações sobre o uso destas tecnologias. Utilizamos algo que potencialmente é a possibilidade de uma efetiva comunicação com criatividade e reproduzimos exatamente as mesmas práticas antigas, repressoras e centralizadas. Vemos aumentar cada vez mais, o controle sobre tudo que se faz.

Mas isso me preocupa não somente porque está acontecendo aqui mas sim pelo que acontece no Brasil. Outro dia observava as páginas produzidas pelos núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs), parte do PROINFO, programa do governo para a informatização das escolas públicas. Alguns destes núcleos colocaram a mão na massa e não esperaram. Foi o caso de Barreiras, na Bahia, que produziu o material e não teve dúvida, colocou sua página no Geocities, mesmo sem estar atualizando. Mas não faz mal. Usou o Geocities, que é um dos inúmeros sítios que oferecem espaços de graça para publicações de páginas. Esse foi um dos mecanismos encontrados por pequenas e grandes empresas para possibilitar a qualquer um, sem controle, ter suas idéias rodando o mundo e é um dos grandes saltos que se pode dar com a Internet.

Este movimento de não ficar esperando as definições e padronizações foi importante no início da Internet - e um pouco por isso ela expandiu - mas ainda é importante nos dias de hoje porque, ao mesmo tempo que crescem as possibilidades em função do desenvolvimento das tecnologias, aumentam também os esforços e tentativas de controle sobre os jovens, adolescentes e, também, professores.

Navegando pelas páginas dos NTEs do Brasil, onde estão os professores teoricamente mais qualificados nesta áreas, o que se vê, muitas vezes, são produções padronizadas, que certamente não correspondem à diversidade cultural das regiões onde estes NTEs estão localizados fisicamente. Em Pernambuco, por exemplo, eles tem quase todos a mesma forma e padrão. O que diferencia, por exemplo, um NTE de Caruaru do de Recife ou de Olinda, três cidades e regiões com fortes e maravilhosos traços culturais? O que diferencia a Itabuna do Sul da Bahia de Barreiras, no Oeste baiano?

Estas são questões fundamentais e, se não pensarmos nelas, mais uma vez vamos montar enormes estruturas que potencialmente são estruturas comunicacionais, de diálogo e criatividade, e transformá-las em estruturas burocráticas de cumprimento de tarefas. E se nós, professores, estamos fazendo isso apenas como mais uma tarefa padronizada e burocrática, não resta a menor dúvida que muito em breve - ou será que já começou?! - estaremos passando estas mesmas monótonas e repetitivas tarefas para nossos alunos. E eles, mais uma vez, vão nos odiar!


Fonte: Internet

http://br.geocities.com/spereirag

quarta-feira, 1 de abril de 2009

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São João de Pirabas




SÃO JOÃO DE PIRABAS

Sobre São João de Pirabas
População: 18.919 habitantes
Homens: 9.698
Mulheres: 9.221
Área Total: 709,0 km²
Dens. Demográfica: 26,68 hab/km²
Altitude: 35 m
DDD: 91
CEP: 68719-000


ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS

HISTÓRICO

A origem do Município de São João de Pirabas remonta à metade do século XIX e é atribuída ao lugar, localizado em terras do município de Salinópolis, onde se assentaram as famílias identificadas pelos sobrenomes de Florêncio, Matos, Muniz e Barbado. Devido à abundância de um tipo de peixe, conhecido pelo nome de "pirabas", juntamente com o culto e a devoção dos habitantes do lugar ao santo de mesmo nome, o lugar ficou sendo conhecido com o nome de São João de Pirabas.

Segundo Theodoro Braga e Palma Muniz, em 1895, através da Lei nº 342, 06 de julho, a localidade de São João de Pirabas foi reconhecida como povoado do município de Salinas, sendo determinada a sua instalação em 24 de fevereiro de 1896, por força do Decreto nº 166, promulgado em 17 de janeiro do mesmo ano.

Em 1901, São João de Pirabas conseguiu sua elevação à categoria de Vila do município de Salinas, o que ficou referendado pela Lei nº 797, de 22 de outubro do mesmo ano. Sob essa categoria, passou a existir como distrito de Salinas, caracterizando-se por ser um ponto terminal de navegação a vapor que era executada, na época, pela "Amazon River Company", na Zona do Salgado, o que levou a se constituir num importante aglomerado urbano.

Quando, em 1930, o município de Salinas foi extinto, toda a sua área patrimonial, inclusive São João de Pirabas, foi anexado ao município de Maracanã, permanecendo como parte integrante deste último, até o ano de 1933, quando, mediante a promulgação do Decreto Estadual nº 1.002, de 30 de junho, Salinas voltou a ser reconduzido à categoria de Município, reintegrando o distrito de São João de Pirabas.

Em 1961, São João de Pirabas deixou de pertencer ao município de Salinas, pois, com a criação do município de Primavera, sua área patrimonial passou a ser consideradas como distrito do novo Município.

Somente em 1988, mediante aprovação da Lei nº 5.453, de 10 de maio, sancionada pelo então governador Dr. Hélio da Mota Gueiros, São João de Pirabas conseguiu ser reconhecido como Município, adquirindo autonomia e desmembrando-se de Primavera.

Seu primeiro Prefeito municipal eleito foi Raimundo Barroso Cordeiro.

Atualmente, o Município é constituído apenas pelo distrito-sede: São João de Pirabas.

CULTURA

No calendário de manifestações religiosas do município de São João de Pirabas destacam-se a Festa de São Pedro, no dia 29 de junho, e o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, no último domingo de outubro. As festas sempre são motivos para grande mobilização popular no Município e nas cidades vizinhas.

A Festa de São Pedro apresenta grande riqueza de manifestação da cultura popular. Nessa época, ocorrem apresentação de grupos folclóricos, com destaque maior para os grupos de bois-bumbás e cordões de pássaros. O carimbó, embora ocorra durante todo o ano, tem nos meses de junho e julho o período de maior intensidade de exibições. Mais recentemente, foi introduzida a Marujada. Além dessas datas, a população local também festeja o Dia de Reis, no mês de janeiro, através de um grupo de tocadores que sai pela manhã, tocando de porta em porta das casas.

A produção artesanal do Município fica por conta da confecção de tarrafas, currais de pesca e pequenas embarcações.
No Centro Comunitário Abel Figueiredo existe um salão com um pequeno palco, onde são exibidas, precariamente, pequenas peças teatrais ou, até mesmo, filmes. O Município não possui outros equipamentos culturais.

A igreja Matriz de São João Batista pode ser considerada um patrimônio cultural de São João de Pirabas.

ASPECTOS FÍSICO-TERRITORIAIS

LOCALIZAÇÃO

O município de São João de Pirabas pertence à Mesorregião Nordeste Paraense e à Microrregião do Salgado.

LIMITES

Ao Norte - Oceano Atlântico
A Leste - Municípios de Primavera e Quatipuru
Ao Sul - Municípios de Primavera e Santarém Novo
A Oeste - Municípios de Santarém Novo, Salinópolis e Maracanã

Fonte: Internet

site: http://portalamazonia.globo.com/artigo_amazonia_az.php?idAz=671